A síndrome dos pais avestruz

Você é do tipo pai avestruz?

Ponha-se no lugar do avestruz! Vem chegando uma fera, um animal peçonhento, ou um felino com garras afiadas e o medo invade a pobre ave que não encontra outra solução senão meter sua cabeça no primeiro buraco que encontra. Parece que a cegueira lhe dá toda a segurança!

Ufa! Afinal, pensa ela, se eu não enxergar o perigo ele deixa de existir!

Você pode estar pensando o quão ridícula é esta postura do avestruz. Prefere a cegueira à luz, o “não saber” para “não sofrer”, o “não ver” ao ver e pensar qual a solução adequada para aquele caso!

Diante do titulo acima, você já deve estar imaginando o que vem a seguir. Adivinhou!

Será que meu comportamento como pai, como mãe está se assemelhando ao de um avestruz?

Se seu filho anda chegando muito tarde, se sua filha está mentindo com uma certa freqüência, se o “papo” lá em casa não esta fluindo…será mesmo que está tudo bem? Será que não há nada a fazer?

Cuidado com o “falso sossego”! Não tenha medo de ver a realidade. Só vendo é que podemos tomar alguma atitude. O avestruz, por exemplo, parece desconhecer a sua capacidade de correr em grande velocidade. Será que nós conhecemos todas as nossas possibilidades?

O que percebemos é que grande parte das pessoas, por não procurarem se conhecer bem acabam desconhecendo também suas inúmeras possibilidades. É verdade que muito nos frustra nos percebermos pais “medíocres”. Parece que em casa não conseguimos tanto sucesso quanto no âmbito profissional! Os nossos projetos caseiros (filhos) nos desconcertam com uma relativa
freqüência!

Mas pense:

* Que nota você daria para você em matéria de conversa amigável com seu (sua) filho(a) adolescente?

* Quantas vezes por semana vocês jantam juntos, vêm algum filme juntos, fazem alguma atividades esportiva juntos?

Se sua resposta é ZERO aí está sua chance! Você pode passar para UM. Esta semana , ou melhor HOJE, você vai procurar, cavar algum momento em que possa falar com seu(sua) filho(a) sobre amenidades, dar risada juntos,curtir um bom momento, elogiar algo de bom que ele(a) tenha
feito, dito ou expressado.

Senão…sabe a que vão se restringir seus encontros com seus filhos? A broncas, cobranças, discussões, brigas, etc.

E pense bem…. qual seria o seu grau de intimidade, de afeto, de carinho com uma pessoa que o recriminasse 24 horas por dia! Porém, aquela que sabe alternar as dificuldades da vida com momentos de paz, de descontração, terá autoridade moral para agir com firmeza e carinho (
dois aliados inseparáveis) no momento que for necessário.

Pai, mãe, se você se identificou com o avestruz, parabéns! É uma bela ave, tem uma carne fantástica, corre com grande velocidade, é grande, tem postura, apenas…..precisa acertar umas coisinhas na hora de enfrentar as dificuldades! Afinal..isso não é o fim do mundo!

Dora Porto
acesse www.serfamilia.com.br

O ESPANTALHO E A ESPIGA

Era uma vez uma cidade muito bonita, onde as famílias viviam muito felizes! As casas eram grandes, os quintais todos plantados com arvores de muitas frutas que se chamava o pomar. Além deste pomar havia também uma área muito grande toda plantada de milho e cana.

As crianças tinham animais de estimação como cachorrinhos, porquinhos e filhotes de cavalo também. Todos aprendiam cedo a montar num cavalo, sabiam tirar leite da vaca e cuidar dos bezerrinhos até uma certa idade. Tinham suas tarefas, mas nem por isso deixavam de ir a escola.

Saiam de casa cedo e caminhavam até lá, levando seus lanches nas mochilas, só voltando na hora do almoço. Estavam todos muito felizes com a preparação da festa junina que sempre era muito bonita e cheia de atividades. Faziam os pares e a professora os treinava na famosa quadrilha.

Cantavam também em duplas tocando violão, pois aprendiam com os pais., que também dançavam a quadrilha. Havia doces e salgados de todos os tipos, principalmente de milho que era o que plantavam. No meio desta algazarra toda, existia uma pessoa que andava meio triste. Ah...quem seria? Acredite se quiser, o Sr. Espantalho...

É, ele ficava no meio do milharal para espantar os pássaros que vinham bicar as espigas, afugentando-os. Uma manhã salvou uma bela Espiga de Milho que vários pássaros estavam espreitando.

- Obrigado, Sr.Espantalho, por ter me salvado. Estou muito grata.

Era muito educada esta Espiga sempre agradecia e pedia por favor, pois assim aprendera com seus pais.

- Posso fazer alguma coisa pelo senhor?

- Pensando bem, pode sim, respondeu o Sr. Espantalho.

- Pois diga então...

Chegou-se até ela e falou bem baixinho perto de seu ouvido.

Oh...oh.. repetia a Espiga.

- E então aceita?

- Sim de minha parte tudo bem, mas vou pedir permissão para minha mamãe.

E assim chegou o dia da Festa Junina no Arraial. Quase toda a cidade estava lá, comendo bebendo o suco de cidra quentinha e cantando. Foi anunciada a primeira quadrilha. Vieram as crianças e foi muito bonito tudo. Veio a segunda dos pais, foi também muito bonita. Ai chegaram os pares para cantarem as modas de viola. Estavam no palco todo feito com os caixotes das frutas, enfeitado com bandeirinhas, e um bambu enorme em forma de arco e muito enfeites com legumes e espigas de milho.

Era o costume, pois também agradeciam a colheita que haviam tido, por isso usavam estes enfeites. Mas eis que de repente, no meio da música que estavam cantando, apareceu quem? O Sr espantalho e a Espiga de Milho... Dançaram muito bem e bastante até o final quando já o chapéu dele escorregava da cabeça... Estavam lindos os dois, a Espiga toda enfeitada e de trancinhas.

Todos os presentes adoraram e bateran muitas palmas, eu diria que mais para eles do que para a quadrilha. Foi então que as crianças entraram no meio fizeram uma roda e os colocaram dentro. É não devíamos ter esquecido deles, afinal fazem parte da família da cidade e nos ajudaram bastante. A festa prosseguiu animada o resto da tarde.

A lição ficou, mesmo que pareçam insignificantes certas coisas são importantes em nossas vidas, como por exemplo...

O Espantalho e a Espiga!

Não temos tempo

Não temos tempo para os filhos.

Temos tempo para muitas coisas, mas não temos tempo para os filhos.

O tempo é um bem escasso, a vida está difícil, trabalhamos imenso e nem assim conseguimos tornar sossegada a hora de fazer contas aos dinheiros quando se aproxima o final do mês.

Gostamos muitíssimo dos nossos filhos, mas não temos tempo para os ver crescer, para os ajudar a crescer.

A vida é agitadíssima. É para dar aos filhos melhores condições que nos matamos a trabalhar. Assim poderemos dar-lhes mais coisas. É por isso que muitas vezes ficamos a trabalhar depois da hora.

O tempo não chega para tudo…

A verdade é que arranjamos desculpas como estas com enorme facilidade. Com elas conseguimos acalmar a nossa consciência e, até, convencermo-nos do nosso heróico papel, quase digno de um mártir desses que sofrem em silêncio durante uma vida inteira pelo bem da humanidade…

Entretanto – sejamos claros – vamos semeando pelo mundo crianças que cresceram sem pais: seres obrigados a entenderem o mundo – e a entenderem-se a si mesmos – na mais absoluta solidão.

Devíamos abrir os olhos para duas coisas:

Os filhos – enquanto não os tivermos estragado totalmente – estão-se nas tintas para todas aquelas coisas maravilhosas – e desnecessárias – que nós lhes possamos comprar com o dinheiro todo que conseguimos ganhar no tempo em que devíamos estar em casa. Mesmo que se trate dos brinquedos mais badalados lá na escola, com direito a anúncios na televisão e tudo. Mesmo que se trate da última moda de comodidades tecnológicas.

Preferem uma boa conversa com o pai, um passeio no sábado à tarde, um jogo em família ao serão.

Porque – enquanto não os tivermos corrompido com o nosso materialismo – eles sabem muito bem, embora possam não ser capazes de o explicar, que o importante é aquilo que uma pessoa é e não aquilo que uma pessoa tem. Sabem isso por instinto, do mesmo modo que nós já soubemos e depois esquecemos.

Em segundo lugar, devíamos entender que não temos o direito de viver à sombra da desculpa de não termos tempo.

Temos tempo.

O pai tem tempo para ver o futebol, o jornal ou o telejornal. E a mãe tem tempo para a novela. E ambos têm tempo para conviver com os amigos. E para muitas outras coisas.

Temos tempo para aquilo que nos agrada e não nos dá demasiado trabalho.

Os cafés estão cheios de pais que não têm tempo para estar com os filhos. E os cabeleireiros e lojas de comércio estão cheios de longas conversas, muitas vezes ociosas.

Acontece por vezes que um dos filhos quer contar em casa uma coisa que se passou na escola e o preocupa – ou deseja perguntar acerca de algo que ouviu, na televisão ou a um amigo, e não entende – mas a resposta que obtém é que “agora não”, ou outra resposta mais amarga. Porque
naquele momento há o jornal ou a televisão, ou qualquer outra coisa …

Fica para depois. Para um depois que acaba por não acontecer nunca.

Portanto… não conhecemos os filhos. Ficamos aflitos – porque gostamos muito deles – quando, para nossa surpresa, atravessam a crise da adolescência, ou outra crise qualquer, talvez provocada por companhias menos recomendáveis. E quando então lhes pedimos que nos contem aquilo que os aflige, que desabafem connosco, verificamos… que não são capazes de o fazer.

E há então silêncios, dolorosos e profundos, que não deviam existir numa família.

Enquanto cresceram não se habituaram a contar aos pais – havia o jornal, a ausência ou a televisão pelo meio – todas as coisas que foram surgindo na sua vida solitária. E agora é demasiado tarde.

Devíamos abrir os olhos. A única razão para o nosso comportamento é a nossa cobardia e o nosso comodismo.

Existe porventura motivo para que seja a escola a dar “educação sexual” aos jovens, substituindo a família nessa tarefa que apenas a ela compete? Que género de pais somos nós?

Somos cobardes, é o que é.

E somos comodistas.

Criar um filho significa muito mais do que dar-lhe de comer e de vestir e levá-lo ao médico. Há todo um convívio – um viver com os filhos – que deve existir no dia a dia.

E, nesse viver constantemente lado a lado, a pessoa do pai verte-se na pessoa do filho, ensinando-o a olhar para o mundo, ajudando-o a construir a sua personalidade e a adquirir virtudes. Auxiliando-o a desenvolver as suas qualidades e a dar-se com as outras pessoas.

Ensinando-lhe o que são a vida, o sofrimento, o amor e a morte.

Todos os acontecimentos do dia a dia servem para essa finalidade. Os pais devem estar ao lado dos filhos nos problemas e nas dificuldades, que são sempre grandes e importantes. Mesmo quando parecem não passar de “coisas de crianças”.

Dar a vida a um novo ser é apenas um começo. É preciso depois edificá-lo.

E isso dá muito trabalho.

É talvez a tarefa mais difícil do mundo, mas também a mais bela.

Cabe-nos o dever – e a honra – de a realizar.


Texto de:
Paulo Geraldo
Do site: http://familia.aaldeia.net/

Depressão pós-parto

Com o parto, ocorrem reações conscientes e inconscientes na puérpera e em todo o ambiente familiar e social imediato, que reativam profundas ansiedades. Uma das mais importantes é a revivência inconsciente da angústia do trauma do próprio nascimento: a passagem pelo canal do
parto, que inviabiliza para sempre o retorno ao útero e empurra para um mundo totalmente novo e, portanto, temido.

A perda repentina de percepções conhecidas, como os sons internos das mães, o calor do aconchego, enfim, o sentido total de proteção, para o surgir de percepções novas e assustadoras.

A secção do cordão umbilical separa para sempre, o corpo da criança do corpo materno deixando uma cicatriz, o umbigo, que marca o significado profundo desta separação. Assim, no inconsciente, o parto é vivido como uma grande perda para a mãe, muito mais do que o nascimento de um filho.

Ao longo dos meses de gestação ele foi sentido como apenas seu, como parte integrante de si mesma e, bruscamente, torna-se um ser diferenciado dela, com vida própria e que deve ser compartilhado com os demais, apesar de todo ciúme que desperta. Sendo assim, a mulher emerge da situação de parto num estado de total confusão, como se tivessem lhe arrancado algo muito valioso ou como se tivesse perdido partes importantes de si mesma.

Tanto quanto na morte, no nascimento também ocorre uma separação corporal definitiva. Este é o significado mais doído do parto e que se não for bem elaborado, pode trazer uma depressão muito mais intensa à puérpera: o parto é vida e também é morte.

Os sintomas do estado depressivo variam quanto à maneira e intensidade com que se manifestam, pois dependem do tipo de personalidade da puérpera e de sua própria história de vida, bem como, no aspecto fisiológico, as mudanças bioquímicas que se processam logo após o parto.

Além das vivências inconscientes em que predominam as fantasias de esvaziamento ou de castração, as mais intensas são as ansiedades de carência materna - quando a puérpera apresenta forte dependência infantil em relação à própria mãe ou ao marido - e as de autodepreciação, quando se sente incapaz de assumir as responsabilidades maternas, e até mesmo inútil, quando não consegue captar a compreensão do significado do choro do bebê para poder satisfazê-lo. Para poder suportar tais ansiedades, inconscientemente, alguns mecanismos de defesa são colocados em movimento, segundo as características pessoas da puérpera.

Dessa maneira, ela pode apresentar-se cheia de uma energia despropositada, eufórica, falante, preocupada com seu aspecto físico e com a ordem e arrumação do ambiente em que se encontra. As visitas são recebidas calorosamente e parece tão disposta, auto-suficiente, como se não precisasse de ajuda externa. Em contrapartida, manifesta alguns transtornos do sono, muitas vezes necessitando de soníferos.

Se o ambiente mais próximo não lhe oferecer carinho e atenções, tal estado pode produzir somatizações, como febre, constipação e outros sintomas físicos. Do mesmo modo, se as fantasias inconscientes não puderem ser contidas, surgem as ansiedades depressivas de modo ocasional
ou em acessos de choro, ciúmes, aborrecimento, tirania ou em expressões de autodepreciação e de auto-acusação.

A puérpera, ao contrário da hiperativa, pode apresentar-se com um profundo retraimento, necessidade de isolamento, principalmente se há uma quebra muito grande do que esperava, tanto em relação ao bebê idealizado quanto a si própria como figura materna. A prostração e a
decepção com sentimentos de fracasso e desilusão, têm também aspectos regressivos que se somam aos já produzidos pelo parto, com a reatualização do trauma do próprio nascimento, fazendo com que a puérpera sinta-se mais carente e dependente de proteção, como que
competindo com o bebê as atenções do meio que a cerca.

A sensação predominante neste caso, é de sentir-se apenas a serviço do bebê, como se nunca mais fosse recuperar sua vida pessoal.

O homem também pode apresentar o quadro de depressão puerperal, embora com menos intensidade. A depressão masculina tem origem nos sentimentos de exclusão diante da díade mãe-bebê. É como se ele se percebesse apenas como uma pessoa provedora que deve trabalhar e satisfazer as exigências impostas pelo puerpério da mulher.

A própria vivência emocional do parto e a possibilidade de decepção quanto ao sexo do bebê, num momento em que todos ao seu redor parecem ocupados demais para lhe dar a atenção que necessita, muitas vezes encontra saída para suas ansiedades, no ambiente externo ao lar. Daí o
aumento das atividades e carga horária no trabalho, relações extra-conjugais ou mesmo somatizações com ocorrências de doenças ou quedas com fraturas, para poder também chamar atenção sobre si.

No caso de já existirem outros filhos, estes também sofrerão impactos emocionais, com a ausência da mãe e o medo de perder seu amor em prol do novo membro da família. O modo como demonstrarão tais sentimentos, freqüentemente vão desde a regressão, quando solicitam novamente o uso da chupeta, apresentam transtornos do sono, inapetência, voltam a molhar
a cama, até mesmo a negação da própria mãe, como se não precisassem mais de seu amor e cuidados. Neste momento, vinculam-se mais fortemente com o pai ou com a pessoa que as está atendendo, fortalecendo na figura materna o sentido de incapacidade, de não conseguir realmente dar conta das antigas e novas responsabilidades, concomitantemente.

É muito difícil determinar o limite entre a depressão pós-parto normal da patológica, chamada de psicose puerperal. A característica principal desta é a rejeição total ao bebê, sentindo-se completamente aterrorizada e ameaçada por ele, como se fosse um inimigo em potencial.

A mulher sente-se, então, apática, abandona os próprios hábitos de higiene e cuidados pessoais. Pode sofrer de insônia, inapetência, apresenta idéias de perseguição, como se alguém viesse roubar-lhe o bebê ou fazer-lhe algum mal. Se a puérpera estiver neste quadro de profunda
depressão, sem poder oferecer a seu filho o acolhimento necessário, este também entrará em depressão. As características apresentadas são: falta de brilho no olhar, dificuldade de sorrir, diminuição do apetite, vômito, diarréia e dificuldade em manifestar interesse pelo que quer que
esteja ao seu redor. Conseqüentemente, haverá uma tendência maior em adoecer ou apresentar problemas na pele, mesmo que esteja sendo cuidado.

Se há bloqueio materno em manifestar amor pelo filho, alguém deve assumir a tarefa de maternagem em que o bebê possa sentir-se amado e acolhido, pois sem amor não desenvolverá a capacidade de confiar em suas próprias possibilidades de desenvolvimento físico e emocional.

Neste caso, o psiquiatra deve ser consultado urgentemente e, simultaneamente ao apoio farmacológico, será aconselhada a psicoterapia.

Assim, o ambiente imediato deve estar atento à intensidade da depressão apresentada pela puérpera, no sentido de que se não puder proporcionar a segurança e a paz que ela necessita, possa pelo menos aconselhá-la a procurar ajuda profissional neste momento de crise.

De qualquer maneira, em quaisquer desses estados apresentados, é comum e esperado, na puérpera, a ocorrência de idéias depressivas e persecutórias, o retraimento e o abandono ou a hiperatividade, sem chegar ao nível alarmante da psicose puerperal. O próprio estado regressivo em que se encontra contribui para o surgimento de tais sintomas.

Assim, se a família e os amigos colaborarem de modo satisfatório, proporcionando confiança e segurança à puérpera, principalmente no tocante às atividades maternas, sem críticas e hostilidades, mas com compreensão e carinho, acolhendo-a nos momentos de maior fragilidade
emocional, a depressão pós-parto vai diminuindo de intensidade até se transformar em carinho pelo bebê e respeito pelo ritmo de seu desenvolvimento e progresso.

Até alguns anos atrás, quando as famílias eram mais numerosas, era comum o filho mais velho cuidar do mais novo e, desta forma, quando tinham seus próprios filhos, sentiam-se mais capacitados e seguros em assumi-los. Hoje em dia, é mais difícil passar por esta experiência, já
que todos na família saem para trabalhar muito cedo e o número de filhos ter diminuído consideravelmente. Para suprir tal carência de aprendizagem, algumas maternidades estão implementando o sistema de alojamento conjunto, para que possa proporcionar à gestante a
experiência real e supervisionada com seu bebê, o que facilitará a formação do vínculo precoce entre eles.

A Psicologia da Gestante surgiu, então, com o propósito de fornecer não apenas informações cognitivas mas, principalmente, permitir que a gestante possa expressar livremente seus temores e ansiedades, a fim de ter assistência e orientação psicológica para enfrentar as diversas
situações de maneira mais adaptativa, realista e confiante. Trata-se de um trabalho preventivo, se tiver início junto com o acompanhamento médico pré-natal e/ou de suporte ante a crise, no caso da depressão pós-parto já instalada.

Ana Maria Moratelli da Silva Rico Psicóloga clínica

Sozinho em casa

Ficar sozinho em casa enquanto os pais trabalham tornou-se uma responsabilidade das crianças. Deixar a casa em ordem, cuidar dos irmãos, fazer as lições de casa e inventar brincadeiras para passar o tempo são algumas das atividades exercidas.

Essa missão pode ser muito divertida, perigosa ou até um pouco triste. Solidão, falta de carinho e apoio da família são os chamados "piores momentos do dia". Mas tudo isso depende de como driblar o medo e tomar certos cuidados.

Trabalho para os pais: Ligar para seus filhos pelo menos duas vezes ao dia faz com que as crianças se sintam mais amadas, reservar um tempo todo dia para conversar e verificar se seu filho tem maturidade para enfrentar a responsabilidade de ficar sozinho em casa, é uma das tarefas principais.

Confira algumas dicas para crianças, publicadas no caderno Folhinha, do Jornal Folha de São Paulo:

Como perder medos que aparecem quando a gente fica só

- Ao voltar sozinho da escola, se perceber que alguém o seguiu até sua casa, entre numa loja e avise ao primeiro adulto que encontrar.

- Telefone para seus pais quando chegar da escola, para que eles fiquem menos preocupados.

- Nunca abra a porta para quem você não conhece. Diga à pessoa que sua mãe não pode atender no momento e peça para voltar outra hora.

- Em casa, acenda as luzes antes de escurecer, principalmente nos lugares que mais amedrontam você.

- Preste atenção aos barulhos de sua casa, para reconhecê-los. A geladeira e o vento que bate na janela têm barulhos característicos.

Cuidados quando você é o único que está em casa

- Se você levar um tombo ou cortar o dedo com uma faca, telefone para seus pais e fale com clareza e calma sobre o que aconteceu. Assim, eles vão orientar você.

- Se quebrar um prato ou xícara, não pegue os cacos com as mãos. É melhor varrer e juntar com uma pá. Antes de sair do lugar para pegar a vassoura, lembre-se de ver se seus pés estão calçados. Quando juntar os cacos maiores, proteja as mãos com papel ou pano.

- Sempre verifique se você desligou o gás do fogão e a água, depois de usá-los.

- Peça a seus pais uma lista com os números de telefones dos bombeiros, médicos e da polícia para qualquer emergência.

Diversões para as horas solitárias

- Não assista à TV o dia todo. Se assistir TV, escolha com seus pais os programas a que você vai assistir. Procure ouvir música, criar histórias, dançar ou ler livros e gibis.

- Cultive seu hobby: jogue xadrez, cartas, videogame, colecione figurinhas e assista aos vídeos que você gosta.

- Reserve um dia da semana para brincar com um amigo. Antes de combinar o encontro, consulte seus pais.

- Faça uma lista de coisas que gostaria de fazer durante a semana e mostre a seus pais para que eles o ajudem a escolher uma atividade.

- Não deixe a casa bagunçada. Arrume sua cama e seus brinquedos, ponha a mesa e guarde a louça seca.

Encontro com os pais no fim do dia

- Adiante a lição de casa, para fazer apenas as tarefas difíceis com seus pais.

- Não receba seus pais só com reclamações. Mas não deixe de contar sobre as coisas ruins que aconteceram durante o dia.

- Peça a seus pais para avisar quando forem chegar atrasados em casa.

- Não deixe a linha do telefone ocupada por muito tempo, pois seus pais podem querer falar com você, para dizer um "oi".

Sozinho em casa-2

1-Antes de sair de casa e deixar a sua criança sozinha deve estabelecer alguns limites e regras antecipadamente.

* Nunca deve abrir a porta de casa

* Nunca deve deixar entrar ninguém

* Não deve sair de casa

* Não se deve debruçar às janelas

* Deve conhecer o número 112 e o dos bombeiros

* Deve conhecer o número de telefone dos pais, devem estar igualmente programados no aparelho telefónico doméstico e assegure-se igualmente que as crianças sabem utilizá-lo.

* Faça uma revisão de todas as situações perigosas que posssam ocorrer e converse gradualmente com as crianças abordadndo este tema. Este processo deve decorrer muito antes de deixar a criança sozinha em casa, para que com calma e solidez integre estes comportamentos.

2- Preparar a sua ausência

* Nas primeiras vezes não fique fora de casa muito tempo e não se afaste, para conseguir voltar rapidamente caso seja necessário.

* Torne a sua casa segura (assegure-se que os produtos perigosos estão fora do alcance das crianças, que as portas e janelas fecham convenientemente por exemplo.

textos extraídos dos sites:

http://casadotinoni.blogspot.com/

http://www.planetaeducacao.com.br/

A CONVERSA DAS MOCHILAS

No cantinho do quarto ela estava encostada e parecia bem triste. Vamos ouvir seus pensamentos: Eu era uma mochila linda toda enfeitada sempre com mil selinhos brilhando, brilhando... Agora estou aqui encostada sabe lá o que vão fazer comigo! Ajudei tanto andei nas costas de meu amiguinho, levei alguns chutes de outros malcriados da sala, mas eu era feliz.

-Assim estava pensando a pobre mochila ali no cantinho.

Na outra parte da casa, no escritório dos pais de Pedrinho a mãe já preparava o material escolar para o ano que se iniciaria em poucos dias.

-Pedrinho meu filho, você escolheu a mochila certa é bem grande e dá para colocar no carrinho não precisará por nas costas!

-Sim mamãe, também gostei tenho muito carinho pela minha velha mochila.Foram dois ou mais anos juntos e ela não pesava tanto assim.

Dizendo isto voltou para seu quarto e pegou a mochila.

-Minha querida amiga, sei que você não fala que é um objeto, mas estou triste de ter que encostar você.

-Sabe, preciso de mais espaço tenho mais livros e cadernos a cada ano que passa.

-Minha amiga o que farei com você, não quero que fique aqui sem fazer nada!

Sentou-se em sua cama e adormeceu. Sonhando que estava em uma escola pequena cheia de crianças e a maioria não tinha nem cadernos para escrever...livros então era coisa rara! Andou pelas salas de aula e os lápis eram emprestados dia a dia! Escreviam em folhas que as professoras davam! Chegou a hora de lanche e o que iriam comer? Assustado assim, acordou de repente. Foi então que a idéia veio.

Já sei o que vou fazer. Abriu todas as gavetas e foi retirando tudo que tinha em dobro e o que não precisaria também. No Natal havia ganhado lápis de cores, canetas alguns livros de historias,
cadernos grandes e bonitos enfim muita coisa. Foi até o escritório e disse a mãe que gostaria de dar todo material extra que tinha para alguma escola que precisasse.

-Que idéia maravilhosa disse a mãe que era uma pessoa de muito bom coração também.

-Faça isso meu filho você tem tanto e se precisar de mais poderemos mos comprar, já as escolas não podem estar oferecendo de tudo para as crianças.

Assim foi, voltou para seu quarto e pegou tudo até aquele tênis que estava no gaveteiro guardado para que, perguntou a si mesmo? Chegou a hora da mochila. Pegou-a e levou até o escritório.

-Veja minha velha amiga, aqui esta a que vai me ajudar daqui para frente.

Encostou uma mochila na outra e foi atender a campainha da porta. Conversa das mochilas:

Oi, você é muito bonita toda colorida e bem grande.

Você também ainda esta muito bem.

Sabe que bom que estamos juntas, preciso de uns conselhos teus.

Meus?

É. Quero saber como vai ser minha vida de agora em diante e você já sabe, já passou por isso.

A velha mochila ficou toda contente e foi logo respondendo

-Bem você será a amiga numero um de Pedrinho fique sempre junto dele, é um menino cuidadoso e vai cuidar de você direitinho como cuidou de mim.Andei muito nas costas dele, mas você já ganhou um carrinho assim o peso não será tanto para ele.

-Ah, muito obrigado pelas palavras gentis.

Eis que Pedrinho volta dirige-se para a velha mochila e diz:

-Pronto minha velha mochila você vai ajudar outra pessoa agora, é uma menina muito boazinha que precisa muito de você.

-Entre Laurinha, veja aqui esta tua mochila agora.

A menina abraçou a mochilinha e saiu toda contente. E assim se alegraram três corações, de Pedrinho, de Laurinha e da mochilinha também.

Você pensa que ela não ficou contente! Ficou sim, que tal seguir o exemplo e ajudar os que estão precisando das coisinhas que você tem até demais!

Você não sabe, mas na fila das mochilas há muita conversa...



autora: Marlene B. Cerviglieri

A importância da água para as crianças

No dia-a-dia, muitas pessoas bebem pouca água, isso inclui as mamães e futuras mamães, esquecendo que seu corpo é constituído por cerca de 65% de água. O que isso representa?

Em conseqüência desse mau hábito, as mamães não oferecem água para seus filhos, ignorando a importância da hidratação diária das crianças. Lembrando que a criança ao nascer é constituída de aproximadamente 79% de água, de 70 a 75% nas primeiras semanas de vida e, no primeiro ano de vida, atinge de 60 a 65%.

Um bebê que é amamentado não necessita de água, chá ou suco. O leite materno oferece ao bebê até os seis meses de idade quantidade de água suficiente para sua hidratação.

Como o estômago e intestino do bebê até os seis meses de vida ainda estão imaturos, mesmo uma “inocente” água pode provocar diarréia e vômitos, aumentando as chances de desidratação.

Por isso, nessa etapa da amamentação, quem precisa de muita água para garantir quantidade de nutrientes suficiente para o leite materno é a mamãe.

Para os bebês alimentados com fórmulas, leite de vaca ou então que já passaram dos seis meses e que estão se alimentando de outros alimentos, a oferta de água é extremamente necessária para hidratá-los.

Ofereça água quando a criança estiver acordada. Deve-se aumentar a oferta de líquidos nos dias quentes e quando o bebê estiver com febre. Crianças precisam mais de água do que um adulto, pois são mais susceptíveis ao stress por calor já que possuem pouca massa corporal e com isso absorvem mais calor.

Também tem uma menor capacidade de suar que os adultos, tendo assim menos capacidade de dissipar o calor do corpo.

Água para recuperar as energias - Crianças que realizam atividade física merecem maior atenção, especialmente em temperaturas quentes. Ofereça água constantemente, pois os pequenos são menos sujeitos a sentir sede durante uma atividade e podem não sentir a necessidade de beber água mesmo quando o corpo precisa.

A água se faz necessária para o crescimento das crianças e para o melhor funcionamento do organismo, melhorando as funções dos rins, bexiga e intestino. As frutas, sucos, legumes e verduras também são fontes de água para o corpo humano. Mas as crianças devem beber pelo menos quatro copos com água fervida ou filtrada para garantir a harmonia do seu corpo.

A boa hidratação da criança previne a prisão de ventre, pois a água melhora o trânsito intestinal e umidifica as fezes.

Caso a criança perca muita água através de transpiração excessiva ou pelo trato gastrointestinal, como febre, diarréia ou vômito, consulte um pediatra e verifique a necessidade de se aumentar a ingestão de água para garantir a perfeita hidratação do seu filho.

As mamães nunca devem esquecer que seus filhos necessitam repor líquidos mais cedo e com maior freqüência e que eles não tomam instintivamente a quantidade suficiente de líquidos para repor a água perdida. Portanto, água neles!


FONTE: SUPERANE

Chega de BAGUNÇA!!!!

Tentar deixar a casa arrumada quando se tem crianças por perto é uma perda de tempo: no minuto em que você guarda um brinquedo, inexplicavelmente aparece outro. A bagunça chega a um ponto em que você começa a achar que o pequeno está tentando te deixar louca de propósito. Crianças de 1 ano estão descobrindo o mundo da única forma que sabem: explorando os arredores – e isso dá um trabalhão para a mamãe. Junte essa curiosidade ao desejo de ser independente (e à falta de habilidades manuais totalmente desenvolvidas) e você pode se preparar para muitos problemas. Embora a brincadeira de bagunçar seja saudável, isso não significa que você possa deixar seu filho fazer tudo o que quer. Veja as bagunças mais comuns e aprenda a impor limites sem prejudicar seu desenvolvimento.

Desenrolar papel higiênico

Crianças adoram girar o rolo de papel higiênico bem rápido e ver ele se desfazer. Enrolar tudo de novo dá um trabalhão, mas saiba que a brincadeira envolve movimentos de empurrar e jogar que ajudam a construir as habilidades motoras e a coordenação.

Como lidar: deixe o pequeno ter seu próprio rolo de papel higiênico em uma cor diferente. Avise que esse é para ele brincar e que os outros não são, aconselha Rahil Briggs, psicólogo infantil e diretor do Healthy Steps at Montefiore Medical Center, em Nova York. Mesmo assim, você ainda vai ter de ajudar a arrumar a bagunça, mas isso é melhor do que um ataque-surpresa no banheiro. Uma boa alternativa ao rolo de papel é brincar com uma bola. Impulsionar, jogar e rolar a bola vai desenvolver as mesmas habilidades (com a vantagem de não ter de arrumar nada depois).

Desenhar nas paredes

Dar canetinhas à criança é preparar o terreno para mais bagunça. Por outro lado, o desenho estimula a criatividade e também as habilidades manuais, o que vai ajudar o pequeno a aprender a escrever.

Como lidar: dê à criança uma folha grande de papel. Se ela rabiscar na parede mesmo assim, deixe claro que isso não está certo e envolva-a na arrumação, mesmo que seja só para segurar o paninho enquanto você limpa. Assim, ela vai aprender que suas ações têm consequências.

Brincar com a comida

Criança adora explorar as diferentes texturas, as cores e os sabores das comidas, normal. “Nessa idade, elas também são muito curiosas sobre causas e efeitos”, explica Linda Acredolo, assessora da Parents e co-autora de Baby Minds. Por exemplo: quando a comida cair no chão, será que ela vai rolar, espatifar ou fazer barulho?

Como lidar: posicione um grande tapete lavável embaixo do cadeirão; assim, você não vai precisar se preocupar. Se você correr para limpar cada vez que o pequeno derramar ou deixar cair alguma coisa, vai ficar louca, e ele vai começar a te testar.

Esvaziar o armário

Utensílios de cozinha são brinquedos superdivertidos para as crianças, além de boas ferramentas para o seu desenvolvimento. Colocar uma tigela dentro da outra melhora a noção de espaço, por exemplo.

Como lidar: deixe uma parte do armário reservada para as crianças, só com utensílios seguros, e mantenha os outros armários trancados. Lembre-se de liberar apenas os itens que você não usa muito para não ter de lavá-los toda hora.

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