Birras

Evitando as birras infantis

Os pais que nos tornamos têm origem no modelo de pais que tivemos, seja para imitá-los ou para refutar suas atitudes e comportamentos.

Isto acontece com cada um dos responsáveis pela criança separadamente, enquanto indivíduos com sua própria história e, enquanto casal, quando unem suas diferentes e singulares histórias ao formar uma família.

É por este motivo que não há um manual que ensine a educar uma criança, visto que são infindáveis as variantes que fazem parte da relação familiar, bem como o contexto em que são inseridas.

Geralmente, a questão maior se encontra na dinâmica do casal após o nascimento do bebê. Cada um, consciente e inconscientemente, reativa e revive sua própria infância e o modo como experienciou esta fase, certamente influenciará a relação pais-filhos.

Assim, o que serve como orientação para uma família não serve para outra, porque antes deve-se estudar e compreender o funcionamento do casal entre si e como pais.

Vejamos como podemos evitar as famosas birras infantis, que provocam tanto mal-estar e constrangimento, preferencialmente em lugares públicos como lojas, restaurantes, supermercados e afins.

Evidentemente que os pequenos escolhem tais locais porque já perceberam que é mais fácil
conseguir o que desejam. E os pais caem direitinho, também porque não querem incomodar os outros. Este tipo de comportamento acontece quando a criança (desde muito cedo), não percebe a diferença entre o tom de voz que ordena e o que pede e que pode ser negociado e, portanto, testado a cada situação que lhe convenha. E o mais interessante, é que aquilo que a criança tem vontade não é essencial e nem necessário. Funciona apenas como um confronto de poderes entre ela e os pais. Como um cabo de força.

Os adultos ainda subestimam a inteligência do próprio filho e acreditam que por ser muito novo não tem capacidade de manipulá-los para conseguir satisfação.

Por outro lado, não se pode perder de vista que entre dois e cinco anos, a criança ainda está assimilando o que sejam regras sociais e limites, como também não tem controle sobre suas emoções mais fortes. É totalmente dependende de um adulto que contenha seus impulsos desenfreados, mas sem agressividade.

Assim, evite levar seu filho para fazer compras ou comer em restaurante bem na hora que deveria estar dormindo em sua caminha aconchegante.

Se for fazer uma visita, peça para seu filho escolher um ou dois brinquedos para levar, o que a ajudará a passar o tempo se distraindo também.

Não fique longos períodos em lugares agitados ou cheios de gente estranha ou que não sejam de grande interesse para a criança, pois fará com que se assuste e se irrite mais facilmente. Afinal, programa de adulto é para adulto. Não espere que seu filho se comporte adequadamente por horas a fio, que não acontecerá.

Caso tenha que lhe chamar a atenção, não o faça na frente de outras pessoas. Leve-o para um lugar afastado e esclareça que não tem o direito de magoar ou irritar as pessoas. Evite grandes discursos, pois após um ou dois minutos, a criança se cansará e deixará de ouvir. Se tiver que
impor um castigo, para cada ano de vida, um minuto correspondente, sempre dizendo o motivo pelo qual está sendo punida. É suficiente para aprender.

Porém, se ela se comportar como esperado, não se esqueça de elogiá-la, incentivando-a sempre.

Lembre-se sempre: ser pai ou mãe exige tempo, disponibilidade e paciência. Muito tempo, muita disponibilidade e muita paciência.


Ana Maria Moratelli da Silva Rico

Texto extraído do site: http://guiadobebe.uol.com.br

Fadinha e o Grilo

Havia um bosque encantado, onde moravam a fadinha e seus amiguinhos. Ali todos eram muito felizes, brincavam o tempo todo iam comer quando tinham fome e a noite dormiam em suas casinhas.

Mas, ora ora dona Fadinha estava muito triste pois não tinha sua casinha! Conversando com o Grilo seu amiguinho disse que gostaria de ter uma casinha bem bonita.

Isso é fácil disse ele.

Eu moro em qualquer folhinha ou galho mas você pode ter melhor.

Vamos procurar pela floresta Fadinha e ver o que podemos fazer.

Assim saíram a procura. No meio do caminho encontraram o pica pau e a andorinha.

Aonde vão com tanta pressa?

Estamos procurando uma casinha para a Fadinha disse o grilo.

Podemos ajuda-los se permitir.

É claro disse a Fadinha.

Voaram por varias arvores, olharam em vários lugares e nada! Já a tarde cansados e com fome resolveram comer frutinhas que caiam aos montes das arvores ali perto. A Fadinha preferiu procurar uma fruta maior e separou-se do grupo. Voando que estava, pois Fadinha sabe voar como passarinho, viu uma enorme arvore cheia de frutos tão grandes!

Que fruta será esta? E foi se aproximando.

Era um pé de Jaca carregado delas e maduras.

Que coisa linda de se ver pensou.Que frutos grandes ela dá!

Chegou perto e viu que a fruta era meio espinhosa e dura. Ora vejam só aqui não dá para comer com as mãos. Voando mais um pouquinho viu outra arvore grande cheia de frutinhas grudadinhas em seu tronco e galhos!

Que maravilha pareciam bolinhas de gude, fubecas também chamadas assim!!

Era uma jabuticabeira carregadinha.

Ah, esta dá para pegar são pequenas.

Comeu algumas e ficou ali na fresca pensando nas diferenças entre as duas arvores e seus frutos. Foi então que pensou:

Os bichinhos meus amigos podem dormir nas arvores nas folhas e até nas tocas como os coelhos. Mas eu preciso de uma casinha maior é claro do que a do pica-pau...

Voltou para os amiguinhos e decidida disse-lhes:

Amigos já sei onde vou morar. É onde disseram todos juntos?

No topo da montanha azul. Lá existem vários lugares posso até escolher um bem bonito para mim. Todos voceis poderão me visitar pois é fácil subir até lá. Assim ficarei bem protegida durante meu descanso.

Sabem porque a montanha chama-se azul?

Não, disseram.

Porque às vezes ela se encontra com as nuvens e fica tudo azul.

Puxa disse o Grilo, você vai ficar pertinho das estrelas não é mesmo?

Acho que sim respondeu a Fadinha.

E assim ela foi morar no topo da montanha azul.

De vez em quando ela desce para brincar com sus amiguinhos pelo bosque e também para fazer algumas travessuras.

É Fadinha gosta de brincar conosco também.

Como?

Ora, de vez em quando esconde nossos brinquedos, come nossas balinhas mas faz isto tudo de brincadeirinha.

Agora escolha, coma jaca ou jabuticaba as duas são gostosas e fazem muito bem para nós, depois é só esperar a Fadinha para brincar com você!

Abraço



Autora: Marlene B. Cerviglieri

Formiguinha aventureira

Era uma vez uma formiguinha muito curiosa, muito espertinha, muito corajosa e também muito vaidosa. Sempre procurava estar asseada, sempre se vestia diferente das outras formigas, era a mais bonita. Tinha a mania de ficar a mirar-se ao espelho.

Ela era também muito sonhadora. Sonhava em viajar pelo mundo e adorava passear pelo bosque.

A rainha Paciência ficava sempre de olho na formiguinha, pois ela era órfã, seus pais tinham morrido de uma morte superpesada, eles foram pisados por uma pessoa de um metro e oitenta e cinco centímetros, e cento e dez quilos, que tinha vindo fazer um piquenique no bosque. A rainha queria educá-la à sua maneira, pois achava que ela tinha uma caídinha pra ser preguiçosa, achava que ela vivia nas nuvens. E quem já viu formiga preguiçosa e sonhadora? A rainha dizia que ela tinha vocação pra ser cigarra. Mas como? Se nem cantar bonito como uma cigarra ela sabia, embora tentasse, mas não tinha jeito, tava mais pra cantiga de grilo do que de cigarra.

A rainha Paciência mesmo com toda sua paciência, vivia brigando com ela. Não dava trégua, queria que ela trabalhasse igual as outras formigas. O inverno estava chegando, tinham que encher a despensa com bastante alimento, pois tinha saído no jornal da televisão que esse inverno seria muito forte. Todas as formigas estavam pegando alimento e lenha no bosque. Ela também trabalhava, mas sozinha, pois detestava aquela fila das formigas. Sempre tudo igual, todas se vestiam do mesmo jeito, faziam as mesmas coisas, viviam sempre em fila. E só faziam
trabalhar, trabalhar, trabalhar.

Ela sempre sonhava e dizia:

_Ainda vou ser a rainha das formigas, a primeira coisa que vou decretar será acabar com a fila. Quem já viu tanta fila? Parece bando de abelhas...fila pra pegar folha; fila pra trazer água; fila pra
tomar banho; fila até pra ir pra cama. Não aguento mais essa vida de andar uma atrás da outra, não sou vagão de trem, eu hem?! Quero liberdade, quero ser independente, viajar, conhecer o mundo, trabalha-se demais aqui, ninguém brinca, ninguém curte a vida. A rainha passa o dia naquele trono, não coloca nem a cabeça na janela, vivemos todos num formigueiro superapertado, quando entram duas formigas na cozinha, uma tem que sair de ré, pois não dá pra fazer a curva com o corpo. Quando eu for a rainha, tudo vai ser diferente.

Então, um dia que estavam todos dormindo, inclusive o vigia do buraco de formiga , ela arrumou sua trouxinha enrolada num lençol e amarrado no pau de vassoura e saiu pelo mundo atrás de aventuras.

Quando amanheceu, já estava bem longe do seu buraco. De repente ela viu um coelhinho vindo na sua direção, quase que a atropelava.

_ Ei! Olha por onde anda! Quase que você me pisava.

_ Desculpa, não te vi. E o que você está fazendo sozinha?
Nunca vi formiga andar só. Vocês só andam em grupo, uma atrás da outra.

_ Eu sou diferente. Sou orfã. E ainda mais eu detesto a vida de formiga. Não aguentava mais aquela vida de fila, minha vida era uma fila só. Dei um basta a tudo isso, quero ser independente.Sou sozinha no mundo mesmo, como já disse, não tenho família.

_ E daí? Conheço um monte de formigas orfãs, não interessa se tem pais ou não, quem manda mesmo é a rainha. Ué...e a sua rainha deixou você ir embora do buraco - quartel? Que rainha mais negligente, sem autoridade, nunca vi disso. Uma revolucionária dentro do buraco e
ela não fez nada?.Se você fosse uma formiga do reinado da rainha Ditadurajá com certeza você estaria de castigo na solitária.

_ Quem é essa rainha? Nunca ouvi falar. E olha que eu conheço algumas rainhas. Os formigueiros de vez em quando se visitam, temos que estar sempre unidas. Mas essa rainha Ditado...quero dizer Dentadura não conheço.

_ Rainha Ditadurajá, formiguinha! Ih... você é meio maluquinha, né?

_ Ditadurajá, Dentadura, seja lá o que for... não conheço nem
quero conhecer e tenho raiva de quem conhece. Tchau! Estou perdendo meu
tempo com voce.

_Que formiguinha abusada, eu hem?! Se cuide, tchau!

E lá vai a formiguinha Aventureira se aventurar pelo mundo. Ela prestava atenção a tudo que passava: cada árvore diferente, cada pedra, cada flor, só não prestou atenção ao dia que já tava passando, estava quase escurecendo.

E aí? Onde ela iria passar a noite?

_ Ai...tou ficando com medo, tá ficando escuro. Se pelo menos eu achasse um buraco de formiga. Vai embora medo! Nem vem que não tem! Não tenho medo de nada!

Continuou sua caminhada, quando, de repente, começou a escutar um barulho:

_ Parece uma batucada, será uma festa? O barulho vem daquele lado, perto da mangueira elegante.

O barulho vinha de um formigueiro que ficava embaixo da mangueira elegante. A formiguinha foi devagarinho se aproximando. Ela era tão corajosa que teve a ousadia de entrar no formigueiro. Êta formiguinha danadinha! O que ela viu deixou-a chocada: Um monte de formigas trabalhando com correntes amarradas nas pernas. Formigas velhas, crianças, doentes; formigas que não podiam de forma alguma estar trabalhando. Que loucura era essa que ela estava vendo?

Pensou em sair dali correndo, mas não podia fazer isso com aquelas formigas, tinha que ajudá-las de alguma forma, e também estava supercuriosa para saber por que estavam trabalhando de madrugada e daquela forma como priosioneiras.

Ela se escondeu atrás de uma saliência do buraco de formiga e conseguiu falar com uma delas. Era uma formiga bem velhinha, bem magrinha, as perninhas eram mais finas do que a mais fina das teias de aranha que podia existir no mundo. A formiguinha Aventureira teve uma pena enorme, teve até vontade de chorar, mas se controlou e perguntou:

_ Por que vocês estão trabalhando, se vocês não têm mais condições de trabalhar? Por que até formigas nenêns estão trabalhando? Por que estão trabalhando amarradas? E por que estão trabalhando a essa hora da noite?

Eram tantos porquês que a formiga velhinha magricela ficou tonta.

_ Primeiro você quer saber o quê? Aliás, antes de responder todas suas perguntas eu gostaria de saber quem é você, e o que está fazendo aqui no buraco-prisão Casa de Detenção Tirana, pertencente ao formigueiro da rainha Ditadurajá.

_ Eu estava passando aqui por perto quando escutei um barulho esquisito, então, me aproximei para ver o que era, pensei que estava havendo uma festa, pois o barulho do martelo de vocês parecia uma batucada de samba. Acabei de ouvir falar dessa rainha Ditadurajá.

_ É que a gente fica fazendo isso para tentar distrair as crianças, fazemos nosso trabalho em ritmo de samba para elas não ficarem tão tristes, pois como você deve ter percebido somos prisioneiras da rainha Ditadurajá. Quando manda prender alguém que ela acha que fez alguma coisa errada, a família da dita cuja é presa também, por isso que tem aqui velhos, crianças e formigas doentes. Pois a família toda tem que ser presa, independente de idade e de saúde. Mas o que você estava fazendo sozinha na floresta? A sua rainha deixa você sair sozinha?

_ Eu fugi do meu formigueiro. Mas a rainha Paciência era um amor de formiga. Eu fugi porque não aguentava mais a vida de formiga. Mas deixa isso prá lá...eu gostaria de ajudar vocês. Eu só vi dois vigias na entrada da prisão, e mesmo assim estavam distraídos jogando dominó, tem mais algum vigia por perto?

_ Não. Ninguém se arrisca a fugir. Temos medo, pois o fugitivo vai parar na solitária.

_ Mas que rainha cruel! Isso não pode continuar. Irei ajudar vocês.Eu tenho aqui na minha mochila um canivete super amolado, ele corta até metal, irei cortar sua corrente e você me ajuda a cortar das outras. Depois amarraremos os vigias e fugiremos pela floresta, correremos a noite toda e quando amanhecer já estaremos bastante longe.

_Mas isso não é certo...temos que obedecer nossa rainha.

_ Eu topo e a senhora também, viu dona Graciosa? Muito prazer, eu me chamo Dona Dorinha, escutei toda conversa de vocês. Gostei do seu plano e gostei muito de você, muito obrigada por ter a coragem de nos ajudar.

_ Muito prazer dona Dorinha, também gostei da senhora, mas vamos lá, pois temos que aproveitar a noite, e pelo que estou vendo, tem formiga que não vai ter condições de correr, vamos ter que carregá-las, portanto, vamos logo com isso!

Depois que todas estavam soltas e os vigias presos, as mais fortes carregaram nas costas as mais fraquinhas e os nenens, e saíram correndo mais rápido do que coelho assustado com bomba de São João. Quando o dia amanheceu, elas já estavam bem longe da prisão. Mesmo assim a formiguinha Aventureira achou melhor as últimas ficarem apagando os rastos, e para se sentirem mais seguras ainda achou melhor atravessarem o rio. A formiga Aventureira pegou um pedaço de pau grande e empurrou pra perto do rio, pediu pra que todas as formigas subissem nele e deixassem a correnteza levá-las para bem longe. Desceram cascatas enormes e foram
parar num bosque lindo. Chegando lá a formiguinha Aventureira reuniu todos numa pedra e fez uma reunião.

_Bem amigas...graças a Deus conseguimos fugir. Vocês agora são livres. Acho que aqui não tem mais perigo. Jamais a rainha Ditadurajá encontrará vocês aqui, pois estamos bastante longe do seu buraco reinado. E para comemorar vamos catar comidas e bebidas, quem for músico improvise um instrumento, pois vamos fazer uma festança, vamos cantar e dançar para comemorar nossa vitória, e vamos ao grito de vitória! Iupi!!iupi!!

E todos gritaram: Iupi!!Iupi!!

A festa foi de uma animação tamanha, os outros bichos atraídos pela alegria também participaram, mesmo sem saber o motivo da comemoração. A festa durou o dia inteiro.

Quando acabou, todos adormeceram exaustos. Ao amanhecer a formiguinha Aventureira organizou suas coisas para continuar a viagem, então, dona Graciosa com o barulho da formiguinha Aventureira, acordou.

_Ué...você vai pra onde? Não vai ficar com a gente? E quem vai tomar conta da gente? Quem vai mandar na gente?

_ Vocês agora são livres. Podem fazer com as suas vidas o que quiserem.

_ Ei! Acordem formigas! A formiga Aventureira vai nos abandonar! E agora como vamos viver?

Todas se levantaram assustadas.

_ Você não pode nos abandonar, não faça isso com a gente, senão podemos morrer.

_ Calma! Tudo bem. Irei ficar com vocês uns dias até ver que já estão organizadas. Primeira coisa que temos a fazer é um formigueiro. De preferência bem grande e bem bonito. Vou fazer o projeto nessa folha.

Ela fez um formigueiro enorme, cada família com seu quarto. Uma piscina, um parque para as crianças, uma salão para dança, um salão para a ceia, ninguém tinha visto um projeto de formigueiro tão bonito.

Depois de alguns dias ficou pronto. O formigueiro ficou maior do que pensavam. E ficou de uma beleza estonteante. Todo enfeitado de flores, cada cantinho era mais bonito do que o outro. Dava prazer ficar nesse formigueiro no inverno.

Ela ensinou pra elas a dividirem as tarefas de uma forma que ficasse com tempo livre para se divertirem, e não precisava ficar em fila, cada um fazia sua parte, todos faziam suas tarefas com o maior capricho, mas no seu ritmo e cada um com sua vocação. As que tinham vocação para lenhador cuidavam da lenha, as que gostavam de cozinhar trabalhavam na cozinha. E assim a vida do formigueiro era alegria só. Tinha noite que cantavam e dançavam sem parar.

Todos viviam felizes, as doentes ficaram com saúde novamente. As velhinhas eram tratadas com respeito. As crianças viviam sorrindo e fazendo suas traquinagens.

Os outros bichos do bosque nunca tinham visto um formigueiro tão feliz. Mas um dia a formiguinha Aventureira deu a péssima notícia: iria embora.

_Bem, o combinado foi esse, por favor não fiquem tristes.

_Nós sabemos, mas você não é feliz aqui?

_Nunca fui tão feliz na minha vida. Mas eu tenho que continuar o meu destino.

_ E quem foi que disse que o seu destino não é ser rainha desse formigueiro que você mesma criou?

Ela se virou para ver quem tinha falado isso com uma voz tão bonita.

Era o formiguinha Delírio e realmente ele era delirante, era o colírio de todas as formiguinhas do formigueiro. Ela o achava lindo, forte, trabalhador, mas sempre discreto, calado. Todas ficaram surpresas quando ouviram-no falar assim.

E ele continuou:

_ Vocês não concordam comigo? Ela já pode ser considerada nossa rainha oficial; aliás desde o início ela tem feito o papel de rainha, e das melhores! Acho que não existe nesse planeta um formigueiro mais feliz. Não passamos o dia em fila, todos nós somos livres, e aprendemos a dividir nosso tempo de uma forma que trabalhamos com prazer e para viver com mais conforto e alegria, e não como os outros formigueiros que vivem para trabalhar. Portanto, desejamos do fundo dos nossos corações que você seja nossa rainha. Iremos respeitá-la como a rainha das rainhas.

Todos aplaudiram de pé. A formiguinha ficou toda emocionada. Realmente ela era muito feliz ali. Teve mais aventuras do que nunca imaginou. E principalmente ficou encantada com o discurso do formiguinha Delírio. Ela aceitou toda feliz ser a rainha oficial.

Os dias foram passando, ela e o formiguinha Delírio foram se apaixonando e resolveram casar. Convidaram todas as formigas do formigueiro da rainha Paciência. O casamento durou três dias e três noites de festa.

O formigueiro da rainha Ditadurajá teve uma revolução e tiraram a rainha Ditadurajá do seu trono. O exemplo do formigueiro da rainha Aventureira foi falado e imitado em todos os formigueiros do planeta Terra e até do planeta Marte. Até as abelhas começaram a imitar
a rainha Aventureira.

E todas as formigas de todos os formigueiros viveram felizes para sempre.



João Pessoa - Brasil

O drama da morte súbita

A morte súbita é um fantasma para pais e pediatras”. Essa afirmação de Mauro Borghi, pediatra do Hospital São Luiz, mostra o quanto é complexo um diagnóstico preciso quando um bebê morre de forma inesperada.

E a busca por uma resposta tem inspirado estudos. Em um dos últimos, especialistas do hospital londrino Great Ormond Street encontraram altos níveis das bactérias estafilococo áureo e Escherichia coli ao analisar crianças que morreram subitamente. Essa descoberta ainda não é
conclusiva, mas pode ser um caminho para se descobrir os motivos desse drama.

O que é a morte súbita?

Ela ocorre de forma inesperada, durante o sono, em crianças com menos de 1 ano de idade. “O diagnóstico é feito pela história e por exclusão de outras prováveis causas, como cardiopatias congênitas, arritmias cardíacas, malformações do sistema nervoso central, erros inatos do metabolismo, traumatismo por maus tratos e homicídio, traumatismo acidental, infecções generalizadas, meningite e pneumonia”, afirma o pediatra.

O maior risco da morte súbita é entre bebês de 2 a 5 meses, prematuros e aqueles que nasceram com baixo peso. Os casos predominam em meninos (60% dos casos) e as incidências não mudam se as crianças eram amamentadas com leite materno ou mamadeira.

Como se sabe pouco sobre os motivos da síndrome da morte súbita, o melhor ainda é prevenir:

. Gestantes e bebês no primeiro ano de vida devem ficar longe dos fumantes;

· Os bebês jamais devem ser colocados para dormir de barriga para baixo.
A posição mais segura é de barriga para cima ou de lado;

· A cabeça do bebê tem de ficar descoberta durante o sono;

· Evitar travesseiros fofos e altos, para que o bebê não se asfixie;

· Colocar o bebê para dormir na cama com os pais é perigoso. Pode causar sufocamento e esmagamento;

· Agasalhar o bebê corretamente. Nem de mais, nem de menos.



Texto extrído do site: http://www.e-familynet.com