A moral também está ligada aos sentimentos e às emoções

Segundo Piaget, o desenvolvimento moral e, mais ainda, as ações relacionadas a ele dependem de uma espécie de "energia motora" para que ocorram: a afetividade. Esse aspecto ganhou cada vez mais espaço nas pesquisas e, hoje, o desenvolvimento de questões ligadas a sentimentos e emoções ocupa o primeiro plano nos estudos sobre a moralidade. Esse novo olhar teve início com as pesquisas da americana Carol Gilligan, que chamou a atenção para uma forma de desenvolvimento da moralidade definida como ética do cuidado, a qual se centra na capacidade de pensar na saúde das relações entre as pessoas. Com isso, distinguir o justo do injusto passou a ser visto como apenas um dos muitos aspectos do desenvolvimento moral da criança e do adolescente. A nova perspectiva ampliou as pesquisas para o desenvolvimento psíquico de outras virtudes, como a generosidade, a compaixão e a lealdade.

"Quando eu vejo alguém fazendo uma coisa que não pode, eu não conto. Eu guardo aqui na minha caixinha de histórias (apontando para a cabeça)." Caio, 5 anos
"E por que você prefere não contar?" Repórter
"Porque é muito feio falar. A pessoa leva bronca." Caio
"Mas o certo não é obedecer à regra?" Repórter
"Você iria achar legal levar uma bronca se fosse com você?" Caio

Distintas dos aspectos cognitivos, essas virtudes podem ser a chave para entender por que mesmo um garoto pequeno, como Caio, 5 anos, que demonstra ainda não se guiar por uma moral autônoma, assume a postura de não delatar os amigos quando eles infringem uma regra (leia o diálogo acima).

"O desenvolvimento moral é um sistema dinâmico, um processo não só cognitivo, como afetivo, social e cultural", diz Ulisses Araújo, docente da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP), campus Leste.
"Por mais críticos e conscientes que jovens e adultos sejam em relação à moralidade, ninguém escapa de oscilar entre a moral heterônoma e autônoma em seus atos."

A afetividade tem relação direta com a construção de valores e com a forma de agir frente a dilemas morais.Reprodução/Agradecimento Escola de Aplicação da Universidade de São Paulo (USP)

"No futuro eu quero ser desembargador. Gostaria de mudar as leis. A gente vê um monte de injustiças. Por exemplo, quando tem um arrastão e os ladrões não são pegos, enquanto uma pessoa que rouba um pão, porque tem fome, acaba ficando muito tempo na cadeia." Lucas, 12 anos
Reprodução/Agradecimento Escola de Aplicação da Universidade de São Paulo (USP)

De fato, distinguir o certo do errado não implica necessariamente em agir conforme seu juízo. Afinal, não há criança nem adulto que paute todos os seus atos por convicções morais (veja abaixo a justificativa de Guilherme, 16 anos, para uma possível mentira). Como entender então essa discrepância entre pensar e agir?

"Não basta saber discernir e compreender as razões implicadas em determinada ética ou moral", pondera a psicóloga Vanessa Lima, docente da Universidade Federal de Rondônia (Unir).
"Para ter ações morais, é preciso ser movido por uma vontade e um desejo morais que guiem aquela conduta."

Outro aspecto que influencia uma ação moral, segundo Vanessa, é a representação que a criança ou o jovem têm de si próprio.

"Se um adolescente, por exemplo, considera central a questão da honestidade em sua personalidade, ele provavelmente se guiará mais por esse valor do que por outros tidos como periféricos na visão que tem de si mesmo", explica(confira acima o desenho e a fala de Lucas, 12 anos).

"Se é uma coisa que eu quero muito fazer e que eu julgo não ser algo errado, não vejo tanto problema em mentir (para pais ou professores). É uma reação a uma regra imposta e com a qual eu não concordo." Guilherme, 16 anos

Todos esses aspectos apontam para um longo processo de construção da moralidade, que começa na infância, se intensifica na adolescência e continua pela vida toda. Dessa forma, deve ser deixada de lado a ideia de que uma criança ou um jovem têm boa ou má índole.

"O ser humano é complexo, e reduzi-lo ao inatismo é desconsiderar suas potencialidades", diz Vanessa.

"Se fosse assim, teríamos apenas que fazer julgamentos precoces dos indivíduos que têm potencial para dar certo e errado."

Crianças e jovens sempre poderão se aproximar dos princípios éticos. Basta que tenham suas convicções suficientemente postas em xeque. Para construir a moral autônoma, o adolescente precisa de situações que desafiem seu modo de pensar.

* Os desenhos e os diálogos publicados nesta reportagem são de crianças da 5ª série do ensino
fundamental e do 2º ano do ensino médio da Escola de Aplicação e de turmas de 5 e 6 anos da Creche Central da Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo, SP

Consultoria de Maria Thereza Costa Coelho de Souza, professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP)

CONTATOS

Nelson Pedro-Silva

Ulisses Araújo

Vanessa Lima



BIBLIOGRAFIA

Educação e Valores: Pontos e Contrapontos, Valéria Amorim Arantes, Ulisses Araújo e Joseph Puig, 168 págs., Ed. Summus, tel. (11) 3872-3322, 38 reais

Ética e Moral na Educação, Roque A. Neto e Margarete M. Rosito, 132 págs., Ed. Wak, tel. (21) 3208-6095, 19 reais

O Juízo Moral na Criança, Jean Piaget, 304 págs., Ed. Summus, tel. (11) 3872-3322, 60 reais

Moral e Ética - Dimensões Intelectuais e Afetivas, Yves de La Taille, 192 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 36 reais

fonte: Revista Abril

Dentição infantil

A infância é uma fase de fundamental importância no desenvolvimento bucal. Muito ao contrário
do que se dizia antigamente, que os dentes de leite iriam cair mesmo, boa dentição decídua é um grande indicador de boa dentição permanente. Não devemos esquecer que dentes de leite ficam na boca até algo em torno dos 13 anos de idade da criança.

Hoje em dia temos conhecimento para avaliar qualquer anomalia facial ou dentária e conhecimento para não permitir alterações indesejáveis. As crianças devem sempre que possível acompanhar seus pais nas consultas odontológicas, mesmo que não precisem, pois assim vão se
acostumando com o ambiente de um consultório dentário.

E, por incrível que possa parecer para alguns, ficam sempre querendo sentar na cadeira , sentir o arzinho e a água que sai dos aparelhinhos do dentista.

Os pais devem deixar a criança manifestar essa vontade, pois algumas vezes a insistência leva as crianças a ficarem com certa desconfiança. Avaliações em relação à respiração são muito importantes, pois crianças respiradoras bucais tem um crescimento facial alterado, costumam apresentar olheiras constantes, come de boca aberta e mesmo distraídas, assistindo TV, os lábios não ficam encostados. Também é muito comum essas crianças roncarem e os pais brincarem dizendo que roncam como gente grande ou que puxou este ou aquele membro da família.

A higiene bucal é de fundamental importância, escovação após as refeições além de manter uma boca saudável, cria o hábito nas crianças de ter essa sensação de limpeza e quando adultos, isso será algo prazeroso e não uma obrigação. As crianças podem escovar os dentes sozinhas, mas isso para elas será apenas uma brincadeira, os pais devem antes do término da escovação, eles mesmos realizarem esse procedimento, agora sim removendo a placa bacteriana e resíduos alimentares dos dentes. Em relação ao creme dental, só deve ser usado por crianças na presença dos pais ou quando elas souberem cuspir e não engolir o creme. Isso porque o creme dental tem flúor, algo muito importante e que reduz realmente as cáries dentárias, porém se ingerido em grande quantidade pode causar vários problemas de fluorose, principalmente em locais onde a
águam também contém flúor.

Fluorose são manchas esbranquiçadas nos dentes, e estão se tornando muito comuns nos jovens hoje em dia, devendo os pais ter uma atenção especial. Então na escovação do seu filho, coloque pouca quantidade de creme dental ou procure um creme que tenha sido fabricado mais tempo (mas dentro da validade), pois quanto mais tempo o creme estiver armazenado, menor será a quantidade de flúor ativo.

Quando a criança já não tiver risco de engolir o creme dental, o mesmo deve estar o mais próximo da data de fabricação, com maior teor de flúor ativo. Assim que possível, os dentes das crianças deves receber uma aplicação de um produto chamado selante, que é como se fosse um verniz , ele faz uma camada sobre os dentes do fundo (decíduos ou permanentes) deixando a face oclusal do dente, face do dente onde fazemos a mastigação, lisa, com menor retenção de alimentos e mais fácil de se higienizar.

É importante dizer que esse selante vai se gastando com tempo e novas aplicações são necessárias. Quando conversar sobre isso com o seu dentista, considere o valor como um investimento e não um gasto, pois as vantagens deste procedimento são imensuráveis.

Muitos não acreditam, mas a saúde bucal dos pais também é importante para que a criança desenvolva uma boca saudável. Acho que todos concordam que pais com preocupação em ter boa saúde bucal, irão se esforçar ainda mais para que seus filhos desenvolvam boa saúde bucal,
assim como estarão dando o exemplo para a criança, que normalmente imita os pais. Além disso, sabemos que as cáries e doenças periodontais são causadas por bactérias e como outra doença qualquer, pode ser transmitida ao seu filho.

Ele pode até não desenvolver a doença, mas terá a bactéria. Por isso, normalmente, peço que evitem dar beijo na boca da criança, experimentar a comida na colher em que a criança está se alimentado entre outras recomendações de coisas que fazemos no nosso dia a dia.

Claro que você não precisa ser radical neste item, mas evitar que outras pessoas o façam, pois quanto maior o contato, maior o chance. Lembre-se sempre, a prevenção é a melhor maneira de se manter a saúde e também a mais econômica.

Caso tenha dúvidas sobre este ou qualquer assunto relacionado com a Odontologia, vá em www.drsabino.com.br e deixe a sua pergunta.


Dr. Milton Sabino é especialista e mestre em periodontia, especialista em ortopedia funcional dos maxilares e pós-graduado em ortodontia e implantes dentários.

Luto Infantil

Muitos adultos acreditam que a criança não entende nada sobre a morte e deve ser poupada de saber que alguém próxima a ela faleceu. Entretanto, é provável que esta mesma criança já tenha visto um inseto morrer, perdido algum bicho de estimação ou assista alguma cena de morte em desenhos ou noticiários.

Quando a criança perde uma pessoa querida de sua família como pai, mãe , irmão ou irmã, avós, ela fica triste, confusa. Ocorre que esta mesma morte é sofrida por seus familiares, que doloridos, estão sem condições de manter a intensidade de cuidado e atenção que antes dirigiam a ela. O importante é que, passado este momento de crise, ela volte a sentir-se segura e bem cuidada. Pode ocorrer que, nas semanas seguintes a perda, as crianças sintam grande tristeza ou sigam acreditando que o familiar que morreu permanece vivo. Se, no entanto, evitar mostrar tristeza ou persistir a longo prazo negando a morte de seu familiar querido poderá vir a ter sérios problemas no futuro.

A raiva após a morte de alguém essencial para a segurança da criança é uma reação esperada
que pode se manifestar através de comportamento irritadiço, pesadelos, medos ou agressão dirigida aos familiares sobreviventes. De qualquer maneira, sabemos que a reação da criança ao luto está bastante relacionada a forma que os pais ou pai sobrevivente e outros parentes abordarão esta questão com ela nas semanas e meses que sucederão a perda.

Quando o adulto oculta dela a verdade sobre a morte, pode deixá-la confusa e desamparada pois possivelmente perceba que algo aconteceu e que todos estão agindo de forma diferente. Deixe a criança a vontade para exprimir os seus sentimentos. Não devemos obrigá-la a ir ao enterro ou velório caso ela esteja assustada. Poderá futuramente encontrar outras maneiras de se despedir e recordar através de fotos, rezas,etc.. Caso ela manifeste desejo de participar do velório ou enterro, informe-a sobre o que verá, explique a razão de estarem ali, deixando-a livre para perguntar e para ficar o tempo que desejar.

O fato é mesmo a criança que não sofreu perdas necessita do adulto para falar sobre a morte e esclarecer suas dúvidas. Converse com ela procurando ser o mais honesto possível. Falar em céu ou que o morto foi viajar ou dormiu, pode criar a falsa expectativa de que regressará, dificultando o entendimento da perda como algo definitivo.Além disso, temos que ter o cuidado de respeitar o seu tempo para compreender a morte, levando em consideração o seu desenvolvimento cognitivo. Crianças pré-escolares acreditam que a morte seja temporária e reversível, tal como acontece em muitos desenhos animados nos quais os personagens morrem e voltam a viver.

Entre cinco e nove anos a morte é percebida como irreversível, mas não como algo natural e
universal. Crianças que encontram-se neste grupo`não conseguem imaginar que elas ou alguma pessoa conhecida possa morrer. A morte é vista como algo distante, que só ocorre com os outros, a menos que haja uma perda de alguém muito próximo. Somente entre nove e dez anos a morte passa a ser percebida como uma interrupção das atividades dentro do corpo, que faz parte da vida, que é natural.

Mesmo que a criança seja pequena e só entenda posteriormente, não devemos negar que todos iremos morrer algum dia e que é natural ficarmos tristes nestes momentos. Procure utilizar palavras simples e experiências que lhe são familiares. Depois, aguarde que a criança demostre novamente vontade de falar sobre este assunto. Outros sinais de sofrimento podem ser manifestados pela criança quando perde alguém importante, como perda de interesse por suas atividades, insônia, medos, manifestação de comportamento correspondente a uma idade anterior, isolamento, dificuldade escolar, imitação do morto. Se ela apresentar algum destes
sintomas, e este persistir, procure a orientação de um profissional.


Extraído do site: http://www.tutomania.com.br/

Distinguir entre certo e errado

As crianças diante dos dilemas morais

Distinguir entre certo e errado e agir segundo princípios éticos depende do desenvolvimento da cognição e da afetividade de crianças e jovens

Thais Gurgel (novaescola@atleitor.com.br)
Reprodução/Agradecimento Creche Central da Universidade de São Paulo (USP)

"Eu sempre fico de castigo porque faço besteira, coisa errada. Uma vez eu joguei um elástico (de cabelo) na bochecha da minha irmã. Eu também falo palavrão, falo cocô." Sofia, 5 anos

"E por que não pode fazer isso?" Repórter"Porque todo mundo ganha castigo. Essa é a história do castigo." Sofia

Reprodução/Agradecimento Creche Central da Universidade de São Paulo (USP)

Não há pais ou professores que não abram um sorriso de satisfação ao receber um elogio sobre a boa educação dos filhos ou dos alunos. A sensação de dever cumprido despertada nessas ocasiões é fácil de entender. Afinal, pelo senso comum, são eles os grandes responsáveis por garantir que crianças e adolescentes tenham uma vida social saudável e colaborem para a harmonia dos grupos dos quais fazem parte. De fato, pais e mestres são figuras centrais no desenvolvimento moral, ou seja, no julgamento que a criança tem sobre o que é certo ou errado. Mas, na prática, o verdadeiro protagonista desse amadurecimento é ela própria, que constrói desde cedo um conjunto de valores pessoais. E, mais importante ainda: é ela quem também toma decisões frente aos dilemas morais que encontra no dia a dia.

Nesse processo, o senso de justiça é um dos principais aspectos a serem desenvolvidos. Ele foi tema de estudo do suíço Jean Piaget (1896-1980), que, com base em pesquisa sobre a forma como os pequenos lidam com as regras em situações de jogos e dilemas morais, constatou que a
construção do sentido de justo e injusto tem ligação com o desenvolvimento cognitivo. Segundo ele, as crianças passam por diferentes tipos de compreensão em relação às regras. Conforme
amadurecem, obtêm cada vez mais condições de se relacionar com elas de maneira crítica. Assim, constituem uma moral dita autônoma, pela qual passam a considerar a intencionalidade dos atos.

Nos primeiros anos de vida, os pequenos vivem um período de iniciação às regras e precisam da intervenção constante de um adulto que os oriente sobre o que é aceitável – não morder o irmão e não bater nele, pedir um biscoito ao dono do pacote em vez de tomá-lo etc. "As regras existem para regular a relação entre as pessoas", diz Nelson Pedro-Silva, professor de Psicologia do Desenvolvimento da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), campus de Assis. "Todos nós abrimos mão de alguns desejos em vista de viver em sociedade, fato que a criança deve enfrentar desde cedo para que possa compreendê-lo."

"Aqui na creche tem uma regra: não subir no poste da quadra." Mileva, 5 anos

"E por que não pode subir?" Repórter "Porque a gente pode cair e quebrar a cabeça." Mileva

"E mesmo assim vocês fizeram isso?" Repórter

"É porque a gente pensava que não tinha regra." Mileva

Conhecendo regras, os pequenos adquirem um primeiro repertório para atuar em grupo, mas não refletem sobre elas. Eles as cumprem porque respeitam uma autoridade (pais, professores, o porteiro do prédio, o primo mais velho) e não necessariamente porque concordam com elas. Se, por exemplo, uma criança da Educação Infantil souber que é proibido jogar objetos nos outros ou subir nos postes da quadra da escola (veja os diálogos da primeira imagem e do quadro acima),
ela provavelmente não fará isso por temer uma reprimenda e não porque pensou sobre esses atos e suas consequências. Trata-se, assim, de uma moral dita heterônoma. "É fundamental, porém, que ela seja orientada a agir de maneira cooperativa em relação ao outro, mesmo quando ainda não consegue se conscientizar da importância disso", pondera Pedro-Silva. Como ainda não tem condições de analisar regras, a criança se relaciona com elas pelo respeito à autoridade.

Dessa forma, por exemplo, num conflito em que um menino não deixa o outro participar de um jogo, porque este bate nos colegas e estraga a partida quando está perdendo, é importante que o professor faça uma mediação. Ele pode promover a escuta do garoto que foi excluído da
brincadeira e do que teve seu jogo arruinado. Assim, pode-se chegar a um acordo para que ambos cooperem e possam jogar juntos – a forma de pensar deles é, com isso, desafiada.

O mesmo vale para os adolescentes. Em conversas orientadas, eles podem conhecer a perspectiva do outro e, assim, avançar na construção dos valores morais e da autonomia. É fundamental aproveitar situações que geram desequilíbrios na forma de pensar das turmas.

fonte: revista escola Abril

Andando na rua

Aconselhe o seu filho:

Não converse com estranhos.

Não aceite presentes, doces ou refrigerantes de pessoas que você não conhece. Fale claro que você não quer e se afaste delas.

Procure não andar sozinho, tente sempre a companhia de seus amigos e se sentir medo ligue para a polícia e explique seu problema.

Quando estiver esperando condução para ir à escola ou para voltar para casa, evite os pontos de parada em locais escuros e sem movimento.

Não acredite em estranhos que digam trazer recado de seus familiares. Peça a uma pessoa amiga que confirme o que estão dizendo.

Se for seguido por estranhos na rua, entre na primeira casa habitada e peça socorro.

Se alguém o atacar, tentando agarrá-lo, esperneie e grite bem alto, muitas vezes, pedindo ajuda.

Não aceite caronas de motoristas desconhecidos e, se algum deles lhe chamar, não dê atenção e nunca se aproxime do veículo.

Quando estiver desacompanhado e alguém o incomodar, querendo pôr a mão em seu corpo, grite bastante para chamar a atenção de outras pessoas que estejam por perto.

Se você ainda não consegue guardar na memória o seu endereço ou o telefone de sua casa,
peça a alguém de sua família que os escreva em um cartão e carregue-o sempre com você.

Quando precisar de ajuda, procure um policial. Você receberá apoio e orientação.

O que fazer se algo acontecer

Se outras crianças o agredirem para roubar, não resista e entregue o que pedirem. Assim que puder peça ajuda à polícia.

Para os Adultos

Como se prevenir:

Evite usar jóias, relógios, roupas e outros objetos que possam demonstrar ser de valor.

Não carregue objetos de valor, todos os seus documentos, grandes quantias em dinheiro ou cartões de crédito, se não houver necessidade. Se for preciso, procure estar acompanhado, divida o dinheiro em várias partes da roupa e siga diretamente para o seu destino.

Nunca demonstre que está procurando um endereço.

Procure andar acompanhado.

Evite locais desertos ou pouco iluminados.

Em ruas escuras ou desertas, evite dobrar a esquina junto a construções, prefira o centro da rua.

Sempre que possível, faça seus pagamentos com cheques nominais e cruzados.

Procure variar seus horários e fazer rotas diferentes para deslocar-se de casa ao trabalho ou escola.

Procure andar rápido.

Mantenha sua bolsa ou pasta à sua frente. Procure mantê-la sempre firme entre o braço e o corpo, com a mão sobre o fecho e posicionada do lado
da calçada.

Não use bolsos traseiros para carregar carteira ou dinheiro.

Caminhe no centro da calçada e contra o sentido do trânsito, para poder perceber a aproximação de algum veículo suspeito. Atravesse a rua a qualquer sinal de perigo.

Fique atento quando parar no semáforo para pedestres.

Telefone celular, computadores portáteis (notebooks, handhelds) devem ser transportados discretamente. Evite as típicas maletas para notebooks. Faça seguro dos equipamentos.

Se você notar que está sendo seguido, aja com naturalidade, entre em qualquer lugar público e ligue para a Polícia Militar (tel. 190).

Não use locais isolados para namorar.

Separe previamente pequenas quantias de dinheiro para despesas como café, cigarro e transporte.

Antes de entrar em casa verifique se não há algum suspeito por perto.


Oriente seus filhos para irem e voltarem da escola em grupos. Se puder, leve seus filhos à escola ou peça isso a pessoas de sua absoluta confiança.

Antes de ir à praia ou locais de grande concentração de pessoas, ponha um papel no bolso da criança, com nome, endereço, telefone, tipo sangüíneo e possíveis sensibilidades a medicamentos.


Do site: Guia Serasa de Orientação ao Cidadão
http://www.serasaexperian.com.br/guiacontraviolencia/index.htm